Publicações e Comunicações  

De Johny Guitar à incerteza do novo: a vida de todos os dias como compasso da mudança das relações de género na família

Johnny Guitar (filme de Nicholas Ray, 1954) permite criar um imaginário comum e contextualizador, funcionando como metáfora analítica para as transformações hesitantes das relações sociais de género e recomposições incertas da masculinidade que têm lugar no plateau da família. Apesar da popularidade de valores modernistas legitimadores da igualdade, da liberdade de escolha, que desconstroem ideias tradicionais da feminilidade e da masculinidade hegemónica, estes movimentos não anulam uma força social de uma outra ordem de género estruturada na desigualdade, coexistindo dois tempos: o da transformação e o da continuidade. O que nos interessa aqui é analisar o que se esconde nesta incerteza que acompanha a emergência de novos sentidos da masculinidade, da feminilidade e da família. Área cinzenta do quotidiano ocupada por processos negociais e de recomposição das relações de género, do lugar do homem na família e, de forma mais particular, pelas reconfigurações no que significa ser-se homem e mulher.

Autor:Bernardo Coelho
Fonte:Working Paper CIES, nº44, 2008


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